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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Um update

Update, segundo um desses dicionários da internet, significa atualização, modernização, incrementar com informações recentes, trazer para o último estágio da tecnologia.

Pois bem, este post terá a função de incrementar este blog com informações recentes que eu gostaria de dissertar sobre.

O bichinho do empreendedorismo me mordeu mesmo. Minha loja online está respirando por aparelhos, então na primeira semana de janeiro resolvi procurar um emprego - para alegria da família e dor no meu coração. Na sexta-feira encontrei uma vaga que parecia ter a minha cara: Assistente de E-commerce. Semi-feliz, me inscrevi. Na segunda-feira já me chamaram pra uma entrevista no mesmo dia. Cheguei cedo (pra quê, meu Deus?), esperei por uma hora e meia (pois é), conversaram comigo, pediram um teste e fui pra casa. Me ofereceram uma experiência remunerada de duas semanas. Gostaram de mim, queriam me contratar - quanta alegria, só que não. O salário era menor do que o da experiência. Pra trabalhar 9 horas e meia de segunda a sexta e ainda enfrentar 4 horas de trânsito por dia no transporte público. Deixei pra lá.

Eu amo trabalhar de casa, tenho a disciplina necessária, além de A-M-A-R não precisar socializar pessoalmente com pessoas todos os dias. Sim, continuo com aquela preguiça.

Falando em preguiça, já faz um ano que me formei na faculdade. Que alívio! Não recomendo.

Falando em recomendações, tomem muita água e façam um seguro viagem antes de viajar. Não entrarei em detalhes, apenas sigam meu bom conselho.

Minha capacidade dissertativa anda enferrujada, preciso praticar. Um arranjo melhor e mais esperto de palavras aguarda no próximo post.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

As pessoas perderam seus filtros e eu a minha paciência

Ultimamente tenho usado o Twitter para expressar meu descontentamento com o comportamento alheio, mas 140 caracteres já não mais me satisfazem, então recorro ao meu blog para um não-tão-breve desabafo.

Vamos a alguns fatos que ainda não mencionei neste blog: Em 2014 eu finalmente arrumei um estágio, depois de 1 ano e meio procurando. Estudava de manhã, ia para o estágio a tarde - até aí parece simples, mas deixa eu ser mais clara: eu acordava às 4h30 da manhã, saía às 5h30 para chegar na faculdade a tempo de assistir a aula que começava 7h30. Mais ou menos umas 11h30 saía da faculdade e 1h depois chegava a empresa onde eu trabalhava por 6 ou 7 horas e depois levava mais 2 horas (no mínimo) pra voltar pra casa num trajeto que envolvia esperar um ônibus num ponto escuro e perigoso, pegar trem da CPTM com gente esquisita às 20h30 da noite, pegar metrô e depois mais um ônibus, sem contar a caminhadinha do ponto de ônibus até minha casa que envolvia mais uma rua deserta. Eu ODIAVA essa rotina. Até porque no meio dela havia trabalhos intermináveis da faculdade que eu não conseguia dar conta, alguns dias que as aulas iam até mais tarde e eu não chegava na empresa a tempo de almoçar e passava o dia com um pão de queijo no estômago, mas era o preço que eu preferia pagar a ter que sair bem mais tarde de lá porque o trajeto não era nada amigável. E vou escrever em caps lock para deixar clara a minha indignação com quem acha isso "normal": NÃO É NORMAL SE MATAR PRA ESTUDAR E TRABALHAR AO MESMO TEMPO, NÃO DEVERIA SER ASSIM E SE VOCÊ APOIA ESTE TIPO DE COISA SAIBA QUE VOCÊ ESTÁ EXTREMAMENTE EQUIVOCADO(A).

Nas minhas poucas horas vagas comecei a pesquisar sobre empreendedorismo até que resolvi abrir uma loja virtual. Faltavam apenas 4 meses para o término do meu contrato de estágio e durante esse tempo aconteceram várias mudanças na empresa que não me deixaram com muita vontade de ficar, então acabei optando por não renovar o contrato de estágio. (Já que adoram tirar as coisas de contexto e interpretar texto de forma errada ultimamente, aproveito para deixar claro neste ponto que não tenho nada contra a empresa ou meus colegas de lá, ok? Mas meus objetivos era diferentes do que ofereciam pra mim naquele momento.)

Sabe aquela história de que empreender no Brasil é coisa de gente louca? É mesmo. Ser dono de uma micro empresa é mais loucura ainda. Vou tentar resumir de forma clara os personagens dessa história, claro, me baseando na minha experiência como micro empresária, proprietária de loja virtual:

O pequeno empreendedor: Tem uma ideia e resolve investir nela. Acredita no potencial do seu próprio trabalho e que o que ele tem a oferecer pode ser útil ou legal de alguma forma para as pessoas. Inocente, coitado, acredita que sendo MEI (micro empreendedor individual) terá menos riscos e uma tributação simplificada. Tem pouco dinheiro e procura pensar bem antes de investir em algo.

O governo: No momento em que você consegue o seu CNPJ ele já se apresenta como seu sócio pilantra que só quer sugar o dinheiro que você trabalhou sozinho pra conseguir. Adora mudar as regras do jogo pra complicar a vida do empreendedor e quanto mais burocracia, melhor (pro governo, claro), pois consegue cobrar impostos em duplicidade amparado por leis e licitações que por mais absurdas que sejam, sempre tem alguém pra aprovar.

O cliente: Numa loja virtual, o cliente não tem contato físico com o produtos. Ele compra aquela imagem que você vende. Ele quer o produto, mas não quer pagar o frete. Ele quer o produto, mas às vezes tem preguiça de preencher o próprio endereço. Alguns acreditam que, por estarem na internet podem fazer o que quiserem, por isso fazem o pedido com seu cartão de crédito e, depois de recebido o produto, abrem reclamação na empresa de cartão dizendo que não reconhecem a compra, deixando o lojista no prejuízo (o que deu origem a uma lista de clientes problema). Tem também aqueles que fazem uma compra, emitem o boleto e... não pagam o boleto. Alguns clientes acreditam também que tudo é culpa da loja: o cartão não passou? A loja é ruim; os correios perderam o pacote? Que lixo de loja; Não tava em casa pra atender o carteiro e o objeto não foi entregue? Culpa da loja também.

Os Correios: Prestam um serviço extremamente caro, lento, em alguns estados completamente ineficiente e não se importam em melhorar pois a própria constituição do país assegura o monopólio de seus serviços. Se acontecer qualquer problema com a encomenda, demoram a resolver, quando resolvem e simplesmente não estão nem aí. Produto frágil? Tenha certeza que eles vão tratar com nenhum cuidado.

Os meios de pagamento: A menos que você fature uma boa quantidade de zeros a direita por mês, sua taxa será maior. Ajudam prestando um serviço essencial, mas as taxas são incluídas nos preços dos produtos.

Divulgação: essencial para um negócio na internet. Sem divulgação, sem vendas (também é possível não vender mesmo divulgando).

A família: acreditando meio desacreditadamente que seu negócio dará certo e frequentemente querendo que você arrume "um emprego de verdade".

E não se enganem, não estou reclamando. Amo minha loja até mesmo quando dá problema. Trabalho todos os dias pra atender os clientes da melhor forma possível. O que eu ganho em troca disso? Por enquanto nada.

Vamos, finalmente, após esta introdução detalhada, ao real objetivo deste post. Gostaria de deixar aqui registradas alguns comentários meus que acredito serem necessários e algumas respostas que eu gostaria de dar em algumas situações mas não foi possível.

1. Pelo amor de Deus, LEIAM
Você, que tem preguiça de ler até mesmo um tweet, saiba que está perdendo uma oportunidade única de não passar vergonha. Sim, posso exemplificar: outro dia uma loja famosa de cosméticos que tem lojas espalhadas por todo o território nacional postou uma promoção de batons no facebook. Nos comentários, várias pessoas perguntavam qual o nome da loja para comprar o batom, sendo que a descrição da imagem, de apenas três linhas, dizia que a promoção era válida em qualquer loja da marca.

2. Escreva de forma decifrável e educada
Preste atenção no que está digitando e, só porque você tá na internet, não significa que pode sair atacando os outros de forma grosseira. Além disso, ninguém é obrigado a decifrar o dialeto próprio que algumas pessoas tem nas redes sociais.

3. Se não tem interesse em pagar, não emita um boleto
Este item também é um desabafo pessoal: quando você está numa loja virtual e começa a colocar itens no carrinho apenas por diversão, como sei que muitos fazem, não prossiga para o pagamento, não finalize a compra, não emita um boleto se sua intenção não for pagá-lo para receber os produtos. Quando você faz um pedido aqueles itens ficam reservados pra você até que o pagamento seja realizado. O sistema não tem como adivinhar que você "tava só brincando de comprar". Se aquele item for o único no estoque, enquanto ele fica reservado pra você, outra pessoa que tem real interesse no produto vai deixar de comprar. Você gera prejuízo pra loja e uma inconveniência pra quem quiser realmente comprar na loja. É uma atitude irresponsável, pra dizer o mínimo. Portanto, repito: se não quer ou não pode realmente comprar, apenas feche o carrinho e não prossiga para a finalização do pedido. Muito menos emita um boleto.

4. Empresário explorador é a vovózinha
Me irrita muito ler comentários de pessoas sem noção dizendo que todo padrão é explorador e os empregados são os "pobres coitados" da história. É uma generalização burra, estúpida e sem sentido. Vai estudar mais, pensar mais e você vai descobrir quem realmente te explora. Claro que existem esses casos, mas não são regra. Enquanto não mudarem a mentalidade de que pra trabalhar a pessoa precisa "se matar", isso não vai mudar e vai continuar gerando comentários generalistas sem sentido que não levam em consideração diversos fatores da sociedade e muito menos o outro lado da moeda. Eu tenho minha empresa, trabalho sozinha na minha loja e se tivesse que pagar um funcionário hoje, provavelmente iria a falência.

5. Não, não é porque eu tenho uma empresa que tô "montada na grana"
Pra ter dinheiro, preciso vender meus produtos e pra isso preciso de dinheiro também. É preciso dinheiro para manter e movimentar um negócio, mas isso não significa de jeito nenhum que o dono da empresa seja rico. Inclusive minha conta bancária no momento possui zero reais e zero centavos e eu não faço ideia como vou pagar as contas que vencem depois de amanhã. 

6. Trabalhar em casa pela internet também é trabalho.
Me recuso a me prolongar nessa questão pois já resumi tudo na frase acima de forma simples e direta. Só não entende quem não quer.

Para finalizar, gostaria de falar agora sobre os grupos de venda no facebook. Eu não vou mais anunciar absolutamente nada nesses grupos. As pessoas não lêem, querem exigir que você entregue no metrô e ainda são mau educadas. Isso quando não te chamam de "flor" ou "mana". Me desculpem o palavrão, mas puta que pariu. Eu já fico irritada só de lembrar cada uma que já passei. Flor é pqp, Mana é a pqp também. Aprendam a tratar o outro com respeito. E de onde tiraram que combinar entrega no metrô é melhor que receber o pacote no conforto da sua residência? Eu mesma não vou mais pra SP desde que me formei (graças a Deus) e me recuso a ir praquela cidade, pegar trânsito e pagar muito caro nos transportes públicos pra entregar um bagulho de 10,00 pra uma folgada que não quer receber o negócio pelo correio. Eu gasto 20,00 indo e voltando com ônibus + metrô. Não é viável. A escória da humanidade está nestes grupos de venda no facebook. As pessoas legais e sensatas nunca vem falar comigo, só as sem noção. Será que eu atraio esse tipo de gente?

7. Quando for comprar em grupos do facebook, não seja sem noção.
Não chame a pessoa que você mal conhece de flor, muito menos de mana. Negociem de forma agradável. Se quiser verificar a disponibilidade de uma entrega alternativa, pergunte de forma educada. Ninguém é obrigado a estar 100% disponível para você. E às vezes simplesmente não vale a pena atravessar a cidade. O correio entrega coisas na sua casa, isso não é ruim. Isso é bom. Existem formas de baratear o frete, negocie, sempre mantendo o respeito. Pelo amor de Deus, respeite o próximo. Não seja folgada. Não seja sem noção.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Anti social

Essa semana minha psicóloga me pediu pra pensar sobre o por que de eu ser tão anti social. Acho que eu acabei de descobrir um dos motivos: quando eu considero alguém um amigo esse alguém geralmente não me considera de volta e depois de um tempo eu percebo que eram só colegas.

Ao longo desses meus 21 anos eu fui cansando disso. E levando em consideração que a minha idade mental é de 80 anos, minha paciência pra esse tipo de coisa já está próxima de zero. Então se eu percebo que algum "amigo" não se importa muito com a amizade, eu só deixo pra lá, sem correr atrás nem nada. Pra evitar aborrecimentos eu já nem me aproximo tanto das pessoas e a consequencia disso hoje é o meu comportamento anti social. Acho que aprendi com o Holden.

Aliás, se eu for me aprofundar na questão, esse meu personagem favorito me proporcionou uma visão de mundo que, nesta era de poucos leitores, poucos compartilham comigo. Aí além de não saber fazer amigos, não sei mantê-los, pois geralmente me faltam assuntos socialmente aceitáveis e interessantes para os demais seres humanos.

Podemos somar, ainda, a minha preguiça do mundo (que já dissertei sobre por aqui) e também todas as merdas que já passei na vida, todas elas envolvendo pessoas e que me causaram um certo receio de me aproximar de outras pessoas e talvez, só talvez eu seja uma pessoa traumatizada que prefere não ter contato com muitas pessoas porque não aguenta mais se aborrecer.

Minha amizade mais duradoura durou uns dez anos. Depois ela arrumou gente mais interessante pra andar. E nessa época minha idade mental já estava nos 78 anos, então eu não corri atrás. Mas eu não fiquei triste, interpretei mais como um rumo natural da vida. Se um dia ela quiser voltar estarei por aqui ainda - talvez um pouco mais velha.




domingo, 7 de dezembro de 2014

Tem um mosquito zumbindo no meu ouvido

Fui uma boa menina este ano. Passei direto em todas as matérias na faculdade, arrumei um estágio, não peço mais dinheiro pra minha mãe e não briguei com ninguém (o que exigiu uma habilidade profissional para engolir sapos).

Aí eu entrei no modo automático: acorda, levanta, pega trânsito, faculdade, sai correndo, estágio, mais trânsito, casa.

Aí eu entrei de férias e achei que seria mais tranquilo só ir trabalhar. 

Aí eu demorei três horas pra chegar em casa na quinta-feira, três horas pra chegar no trabalho na sexta-feira e quatro horas pra voltar pra casa no fim do dia. 

Aí me deu aquele click: tem alguma coisa muito errada com a minha rotina. 

Ou com a cidade.

Ou comigo.

Ou com a sociedade.

Ou com as pessoas.

Ou com tudo.

O tal do mosquito não me deixa dormir.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ninguém nunca presta atenção em coisa nenhuma

Já passei por muita merda na vida... e nem sou tão velha assim. Com o tempo a gente vai aprendendo a sobreviver, mas algumas questões poucos sabem responder.

Nessas horas de dúvidas, recorro ao Caulfield.

- Holden?
- Você sente como se estivesse desaparecendo cada vez que atravessa uma rua...
- As pessoas sempre aplaudem as coisas erradas.
- As pessoas estão sempre achando que alguma coisa é totalmente verdadeira.
- As pessoas nunca acreditam em você.
- Eu não sei explicar o que eu quero dizer, mas mesmo se eu pudesse, não explicaria.
- Engraçado, tudo que você tem que fazer é falar algo que ninguém entende e farão qualquer coisa que você pedir.
- Dizem que a vida é um jogo... bom jogo esse. Se a gente está do lado dos bacanas, aí sim, é um jogo. Mas se a gente está do outro lado... Que jogo que nada.
- Acho que... dia desses você vai ter que saber pra onde quer ir. E começar a ir pra lá.
- Não se pode nunca achar um lugar quieto e gostoso porque não existe nenhum. A gente pode pensar que existe, mas quando se chega lá e está completamente distraído, alguém entra escondido e escreve "foda-se" bem na cara da gente. É só experimentar.
- De qualquer maneira, é bobagem mesmo. Mesmo se a gente vivesse um milhão de anos não conseguiria apagar nem metade dos "foda-se" escritos pelo mundo. É impossível.

Ou talvez uma figura mais experiente.

- Esta queda para a qual você está caminhando é um tipo especial de queda, um tipo horrível. O homem que cai não consegue nem mesmo ouvir ou sentir o baque do seu corpo no fundo. Apenas cai e cai. A coisa toda se explica aos homens que, num momento ou outro de suas vidas procuram alguma coisa que seu próprio meio não lhes podia proporcionar. Ou que pensavam que seu próprio meio não lhes poderia proporcionar. Por isso, abandonam a busca. Abandonam a busca antes mesmo de começá-la de verdade. Tá me entendendo?







quinta-feira, 19 de junho de 2014

Bicho

Estive pensando sobre a minha preguiça.

Aquela preguiça do mundo que surge de vez em quando. Preguiça das pessoas, preguiça dos assuntos, preguiça da rotina. Preguiça da preguiça.

Minha primeira preguiça é a faculdade. Como eu quero que ela acabe, mas como eu quero não dever mais nada àquela instituição que me faz sentir como se eu estivesse perdendo meu tempo (e dinheiro)! Como eu quero dar um basta ao trabalhos inúteis, repetidos, um basta à mesmice dos quatro últimos semestres. Tô com preguiça de continuar. Desânimo, desmotivação, preguiça.

Outra preguiça são as pessoas. Nenhuma específica, só a mesmice das pessoas. Aproveito para emendar esta à preguiça dos assuntos.

Hoje abri o facebook e lá tinham belas imagens de São Paulo antigamente (só tem eu e os cinquentões+ no grupo, mas eu adoro essas imagens antigas), pessoas falando sobre futebol e por fim um link para um artigo feminista no Estadão. Como eu tenho preguiça dessas feministas! Quando mandaram a presidenta tomar naquele lugar na abertura da copa do mundo me deparei com um post de uma mulher dizendo que aquele ato não aconteceria se ali fosse um presidente homem. Que o fato de ela ser mulher a tornava mais suscetível aos xingamentos e que eles eram uma alusão ao estupro justamente por ela ser do "sexo frágil" (????????????????!!!!!!!!!). Tudo o que eu tenho a dizer para a autora de tal desperdício de palavras é: nada.

Absolutamente nada. E esse é um meio que estou incorporando a minha vida com o intuito de não me estressar mais com gente que não vale o meu stress. Em um português bem claro, para não deixar dúvidas até mesmo aos ignorantes: Se a pessoa tá falando merda, eu deixo ela falando merda sozinha, aproveitando a própria imbecilidade. Porque muita gente só fala merda pra chamar a atenção, o que me parece ser o caso dessa moça feminista que me causou mais preguiça ainda ao movimento.

A minha opinião é que feminismo e machismo não levam a lugar algum. Aristóteles dizia que a resposta geralmente está no equilíbrio e me parece ser esse o caso: feminismo é um extremo, assim como o machismo, portanto são ambos desnecessários. O equilíbrio na convivência de homens e mulheres está no meio termo, que levaria a uma convivência pacífica e talvez de igual pra igual: o respeito.
Feministas extremas que saem falando barbaridades e com os peitos de fora na rua (primeiro, por favor, parem! odeio gente pelada), entendam: rebaixar os homens não as faz melhores que eles. Da mesma forma, cabras macho que acham que lugar de mulher é em casa limpando e cozinhando: rebaixar mulheres não os faz melhores que elas.

O respeito também vale para os racistas de plantão e os autores de textos "polêmicos" de facebook. E aqui serei bem didática para minimizar erros de interpretação, tão comuns hoje em dia (ô preguiça de gente que não lê direito): Não importa a cor da pessoa, o sexo, a religião ou qualquer outro fator de diferenciação que vocês encontrem por aí: todo mundo deve se respeitar ou ao menos tolerar o próximo. Não precisa agredir, é só continuar a viver sua vida normal e pacificamente.

Cada pessoa é um indivíduo com suas preferências, gostos e habilidades próprias. Tem homem que não sabe consertar tudo, tem mulher que não sabe cozinhar. Um negro pode ser presidente e um branco pode ser catador de lixo e por aí vai.

Gostaria de finalizar este post com uma última preguiça, com a qual convivo diariamente: o transporte público e seus usuários - principalmente nos horários de pico. Superlotação, gente suada, gente que corre nas estações pra subir a escada rolante, empurra-empurra, entre outros absurdos. Fica aqui o meu conselho, bem grande e, espero eu, bem claro:

SÓ PORQUE NOS TRATAM COMO ANIMAIS, NÃO PRECISAMOS NOS COMPORTAR COMO TAL.


Um adendo: meus comentários sobre as vaias à nossa "presidenta" ficarão para um próximo post (em breve e sem argumentos feministas).

segunda-feira, 31 de março de 2014

Um pouco de nada.

Muito bem. Quase 4 meses já se passaram de 2014 e eu ainda não escrevi algum post interessante e publicável para este blog. Como um querido leitor me chamou a atenção, ele não era atualizado desde dezembro passado.

Durante esse tempo mudei de horário na faculdade, ainda não consegui um estágio, continuo com um belo projeto visando melhorar a educação e ando bem cansada.

Outro dia li que o tempo não existe. E aí parei pra pensar: então por que organizamos nossas vidas em torno de algo que não existe? Algo tão relativo?

Eu não faço ideia do que tô fazendo com a minha vida. Chegou ao ponto de agora eu também não saber o que quero fazer com ela. Eu quero trancar a faculdade, mas e depois? Não sei o que fazer. Eu nem sei mais do que eu gosto.

Eu lembro que um dia tive ideias e projetos. E que eu dizia que a sociedade nunca iria me transformar num robô/zumbi que cumpre suas regras imbecis.

Bom, a faculdade me deixou (e deixa) tão frustrada que perdi parte de minha capacidade cognitiva. Não consigo mais desenvolver textos ou ter ideias. Mas eu ainda consigo pensar. Um pouco. Acho que só o que eu tenho a dizer no momento é: Socorro! Me devolvam a mim!!!!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Tá travando, precisamos reiniciar.

Eu não sei por onde começar. Então vou começar dizendo que ano passado, 1,6 milhão de crianças e adolescentes abandonaram a escola. Desses, cerca de 800 mil eram do ensino médio. A maior parte na faixa dos 15 aos 17 anos. A maioria da rede pública, de baixa renda, que precisam trabalhar e já tem famílias sem estudo. Mas essa justificativa não justifica nada. Pouquíssimos estudantes abandonariam os estudos se tivessem algum tipo de perspectiva dentro deles. Se a escola entendesse a atendesse aos anseios e às necessidades desses alunos.

A função do ensino médio atualmente é apenas preparar para o vestibular. Sabe o que isso acrescenta na vida de uma pessoa? Nada. Muitos estudantes deixam de estudar e os que ficam não demonstram interesse em continuar. Justamente por essa falta de perspectiva. Não existe uma preparação para o mercado de trabalho antes da faculdade, não existe alguém que explique como a vida funciona, não existe ninguém capaz de responder à frequente pergunta: "o que eu tô fazendo aqui?".

E aí eles perdem o interesse.

Existem várias teorias sobre como arrumar isso. Mas o índice de abandono dos estudos faz parte de um problema muito maior: A escola é atrasada. O mundo evoluiu, mas a escola não. Desde sua fundação o sistema é o mesmo. Professores em pé falando, alunos sentados escutando, inúmeras matérias, um sistema de avaliação nada eficiente e ninguém foi capaz de fazer algo útil para arrumar, ou ao menos contestar, tudo isso.

É preciso despertar o interesse dos alunos por meio da interação. Você sabe por que um adolescente prefere ficar no celular durante a aula do que prestando atenção à ela? Porque o celular oferece interação, inúmeras informações e entretenimento - e não encontramos nada disso numa sala de aula.

É preciso despertar o interesse dos alunos pela descoberta, pela busca de algo novo. É preciso que professores e alunos sejam parceiros, que as carteiras sejam extintas da sala de aula e deem lugar a um ambiente interativo, interessante a atraente. Que projetos sejam propostos, que perguntas sejam respondidas através da curiosidade, que a escola ofereça aulas em que os alunos possam aprender física cozinhando ou construindo algo, que a sala de aula não exista mais e que a escola deixe de ser um ambiente tedioso onde os alunos vão "por obrigação".

Que isso se estenda ao ensino superior. E que a criatividade seja permitida e não aniquilada, como acontece hoje.

Por isso decidi iniciar um projeto sobre como a educação pode ser reformulada a ponto de realmente formar cidadãos e não apenas robôs entediados, sem perspectiva, e gerar interesse para que adolescentes possam se tornar pessoas melhores, profissionais preparados e seres humanos exemplares. Um pouco utópico, mas nada é impossível.

Que este post tenha inspirado você, leitor, e despertado sua imaginação e criatividade. Se você tiver ideias para contribuir, por favor comente.