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domingo, 28 de outubro de 2012

Uma breve história.

E eis que, em uma noite abafada de sábado, caminhando pelas redondezas, vejo uma fila de carros estacionados próximos à um prédio de ambiente festivo. Uma família está prestes a sair quando alguém se aproxima:

"Lindo o carro! É o mesmo de ontem?"

"Não, não repito carro."

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Eu.

Amanhã é sexta feira. Tenho uma prova e um trabalho pra apresentar. Eu não coloquei os pés na faculdade a semana inteira por motivos que aqui não interessam, mas que me impossibilitaram de frequentar aquele inferno ambiente.

Mas como toda ação tem sua reação, a consequência dessa minha semana em repouso vai doer: já que estou presa ao sistema de filha da putisse em massa, não há relatório que os façam abonar minhas faltas ou convença algum professor a abrir uma exceção para mim (um dos professores deixou bem claro que quem não apresentasse o trabalho ficaria sem nota. Não que eu ligue pra nota, eu me revolto com a filhadaputisse da situação).

Digamos que eu me sinto presa na faculdade. Teve uma palestra que eu não assisti, na qual o palestrante contava a história dele: "O menino que só tinha uma chance". A palestra era sobre como montar uma apresentação e para explicar ele contou a história dele. E ele se sentia preso no meio do sistema. Quase como eu me sinto também. Presa e sufocada e tudo o que eu ouço do mundo é "não".

E eu já cansei de ouvir que isso é coisa de adolescente. Mas não é, essa sou eu. Vivendo num mundo que não é pra mim. Um mundo que não é nem de longe um retrato ou reflexo do que eu acho que ele deveria ser. As coisas ao meu redor me afetam.

Eu não preciso simplesmente fugir da rotina de vez em quando, eu preciso sair definitivamente dessa prisão. Eu preciso encontrar meu lugar no mundo e fazer algo que me agrade.