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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

mais do mesmo

Então. Eu andava protelando a arrumação do meu quarto. Mas como essa é minha última semana de férias e a partir do dia 06 começa - se me permitem a expressão breguinha - uma nova etapa da minha vida e eu precisava de espaço e mamãe se dispôs a me ajudar, em dois dias muitas coisas abandonaram meu quarto.

Até que não foi difícil me desfazer de certas coisas, outras preferi continuar guardando e se pude concluir alguma coisa em meio essa arrumação toda foi:

1. eu guardo muita "tralha"
2. detesto arrumar meu quarto
3. não tenho espaço para minhas novas futuras lembranças

Uma coisa que fiz questão de me livrar (sim, me livrar mesmo) foram os livros e apostilas do ensino médio. Só guardei algumas. Provas e trabalhos foram todos para a reciclagem e celulares velhos e quebrados seguirão o mesmo destino.

Não faço ideia do que esperar das próximas semanas, ainda tenho esperança de que desfaçam esse maldito acordo ortográfico que me obriga a escrever palavras feias e ideia sem acento e eu não sei porque agora eu, que sempre gostei de coisas novas, estou assim. É assim que a gente sabe que tá ficando velha? Desenvolvendo um certo misoneísmo?

Bom, enquanto eu penso nisso espero a minha pizza. Metade sabor de sempre, metade sabor novo.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

engatinhando a gente chega lá

Não sou nenhuma expert quando o assunto é política. Sei o básico. Meu nível de conhecimento sobre governos se iguala a minha capacidade de fazer cálculos de cabeça, o que automaticamente me desqualifica para entrar numa discussão sobre o tema. 

Acontece que, dia desses, lendo os blogs dos meu favoritos, me deparo com um texto comentando sobre o discurso do presidente norte americano no State of Union do Congresso. O mesmo texto dizia ser impossível não comparar os modos de governar americano e brasileiro e automaticamente surge a pergunta: seria o Brasil capaz de planejar um discurso de prestação de contas do mandato além de revelar as perspectivas de governo a curto e longo prazo, com metade da maestria que Barack Obama o fez? 

A resposta mais óbvia, considerando o atual cenário político brasileiro, é um simples e previsível não. 
Começando por um motivo bem simples: Obama fala bem pra caralho, com o perdão da expressão. Embora nossa querida presidenta saiba falar, a maioria das vezes que a vi discursar fiquei com aquela incômoda impressão "falou, falou e não disse nada". Além disso, na nossa terra não é obrigatório discursar no Congresso. E se fosse? Nossos governantes o fariam de qualquer jeito ou levariam a sério? 

Os debates manipulados pré-eleições garantiram aos políticos a fama de não cumpridores de suas promessas. Mas é importante pensar que se nos governam de qualquer jeito, é porque a grande maioria dos brasileiros vota de qualquer jeito e se esquece que pode - e deve - cobrar resultados do governo, contribuindo para um governo irresponsável e preguiçoso, porém inteligente o bastante para se garantir no poder durante vários mandatos e assegurar seus lucros - que todo mundo sabe quem financia - através da manutenção da ignorância de uma parcela da população.

Já li entrevistas com políticos e pessoas ditas importantes, com um discurso bonito sobre como podemos mudar e melhorar o Brasil. Apesar de complexa, a situação socioeconômica do Brasil hoje pode ser modificada e melhorada. Muito se fala do desenvolvimento desse país, mas ainda estamos engatinhando. Nós brasileiros - eleitores, cidadãos e governantes - precisamos aprender a andar e ainda temos muito a amadurecer. 






quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

um pouco de senso do ridículo faz bem

Ok, temporada de desfiles aberta e minha vontade de um dia poder assistir um desfile da SPFW ou FashionRio cada vez maior. Por não ser ninguém importante no mundo da moda, me contento em acessar blogs sobre o assunto e olhar as próximas tendências.

Resolvi escrever esse post depois de ver que a barriga de fora continua nessa temporada... E pensei em todas as piriguetes de plantão entendendo errado essa informação. A barriga de fora que está na moda não é a barriga inteira, nem a parte do umbigo. Basta uma pesquisa rápida e qualquer pessoa concluirá o que mil palavras - que eu não gastarei explicando - poderiam explicar apenas observando uma ou algumas imagens de desfiles.

A ideia não é nem um pouco ruim ou feia, desde que usada do modo correto. Se alguém precisar de outros exemplos de modices que viraram catástrofes em mãos (ou, nesse caso, pernas) erradas, vamos pensar na meia calça rendada por um momento. Pense em todas aquelas garotas estilosas usando, agora pense naquelas cuja tentativa de imitação fracassou.

Na minha humilde opinião, tudo o que beira - ou extrapola - a vulgaridade fica/é feio, horrível e já cansei de ver barrigas inteiras a mostra unidos a decotes enormes e shorts minúsculos. Acho que se você não é dançarina do é o tchan ou algo do tipo, não deveria sair assim. Nada contra shorts e etc mas tudo fica melhor em equilíbrio, certo? Certo.

Um pouco de pesquisa e bom senso não faz mal a ninguém.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

amor e outras coisas irritantes

Outro dia, meu tédio e a empolgação da minha irmã com o filme, me levaram a assistir "Amor e Outras Drogas", aquele filme que a Anne Hathaway interpreta uma personagem com parkinson precoce e não quer se envolver romanticamente com ninguém, mas acaba se apaixonando por um vendedor de remédios wanna be a doctor e o filme é feito de frases-que-já-vi-no-tumblr. A última frase todo mundo já deve ter lido em algum lugar:

"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te toca realmente. Então conhece uma pessoa e sua vida muda. Pra sempre."

Sinceramente? Essa frase não me comove e nem me inspira a sair em busca do meu "amor verdadeiro". Uma vez eu li essa frase em-algum-lugar-não-lembro-aonde: "Love is overrated" (O amor é supervalorizado) e é mesmo. Acho que não existe frase mais exata para definir como eu me sinto em relação a essa alienação toda em volta de um sentimento.

Não, isso não significa que eu seja insensível, só que eu não consigo engolir essa baboseira toda de filmes românticos do tipo te-amo-pra-sempre-e-seremos-muito-felizes e não-vivo-sem-você bla bla bla. Nem em filmes nem na vida. Filmes românticos pra mim geralmente se tornam uma tortura, porque me irritam profundamente. "Ah, mas é tão lindo o cara lá dormindo no carro esperando o ônibus dela chegar..." Ok, mas certas coisas não acontecem na vida real. Me irrita ver menininhas tirando os pés do chão e reclamando que os homens não são como nos filmes românticos. Mas é claro que não são. Assim como as mulheres não são como em filmes pornôs (desculpa a comparação, mas é o meu ponto de vista. E antes que alguém pergunte, não, eu não assisto esse tipo de filme).

A alienação amorosa é tamanha, que hoje é bem comum ver "menininhas de 12 anos sofrendo por amor". Não vou dizer que aos 12 eu ainda brincava de boneca - parei de brincar com uns 10 rs -, mas se eu me lembro bem eu tinha outras preocupações com essa idade. Tudo bem, não vou entrar nesse assunto.

O fato é que filmes românticos me irritam muito - ou seria o amor alheio mesmo?
Seja o que for, continuo aqui me irritando com filmes e casais e menininhas.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

coisas velhas e recordações

De tempos em tempos preciso limpar meu quarto. Por limpar eu me refiro a pegar todas as coisas velhas e sem uso e doá-las ou simplesmente descartá-las. O problema é que eu nunca sei o que guardar e o que não guardar - ou por onde começar. Então depois de um dia esquecida no sofá assistindo filmes, às 22h de um domingo eu resolvo começar a tal limpeza.

Resolvi começar pelo criado-mudo (nunca entendi porque chamam o móvel assim). Agenda, papéis, ingressos de cinema de muitos meses atrás, elásticos de cabelo, um massageador em forma de abelha, meu pioneer card, um fake ID da Betty Boop, uma receita médica, a nota fiscal do massageador em forma de abelha, mais papéis, amostras grátis que eu nunca usei, grampos, moedas, livros-texto que eu nunca abri na vida, uma apostila do primeiro ano do ensino médio, lenços de papel, muitas caixas de remédio (talvez eu seja hipocondríaca), reforçadores de fichário, celulares velhos, fita veda rosca (é esse o nome?) e até disquetes. 



Tem muito mais nesse móvel do que eu imaginava e ainda nem abri as gavetas. Me sinto um pouco doente por não conseguir jogar tudo fora. Os remédios com certeza vou precisar um dia.. OK, os ingressos de cinema e de shows não, mas eles valem a recordação. Encontrei algumas fotos também e fico pensando que tipo de criança eu era. Baseando-me pelas fotos, eu era uma figurinha... Também fico pensando que eu sou do tempo do VHS, do disquete e do celular killer (aquele que parecia um tijolo) e é engraçado pensar que isso não faz tanto tempo assim, mas os anos 90 não ficam mais há 10 anos atrás. 

E se eu não jogar tudo fora, aonde eu vou guardar as lembranças novas? Como eu vou organizar isso nesse meu quarto pequeno? E o que é que eu vou fazer com todos os cadernos e apostilas do ensino médio e o uniforme da escola? E se eu não me livrar de tudo isso, aonde eu vou colocar os livros novos? 

Pensei sobre isso durante meia hora, sentada no chão olhando pra tudo o que eu preciso me livrar. O que eu resolvi jogar fora não ocupou meia sacolinha plástica e acabei desistindo da limpeza. Ainda falta o guarda roupa, a mesa do computador e as gavetas do criado-mudo. Quem sabe outro dia.