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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Eu gosto

São seis da manhã e estou acordada tão cedo com dor de estômago. No auge da minha inocência, achei que dormindo melhoraria. Mas não, ainda tá doendo. O Doutor Google me disse pra tomar ranitidina, mas eu não posso tomar ranitidina, eu devo ser alérgica, porque sempre que me dão essa merda eu pioro. Desculpe o palavreado, eu fico um pouco irritada com dor.

O fato é que, acordada desde as cinco da manhã por conta, também, de um sonho pavoroso, eu entrei em um blog qualquer e comecei a ler os textos. Aí me deu vontade de escrever nesse aqui. Pensei em vários temas, já esqueci a maioria. Pensei em um texto que me renderia prêmios, mas me perdi no meio do caminho até o editor de textos no blog. Me desculpem. Então só vou contar algumas coisas sobre mim.

Eu gosto de política. Admito que seja algo estranho de ver alguém admitindo, mas eu gosto. E comecei uma oficina sobre política com duração de oito semanas na faculdade. Isso quer dizer que poderei fazer posts criticando o sistema com mais propriedade, agora que estou dominando e entendendo cada vez mais o assunto. Estou quase ficando a favor da monarquia e cada vez mais contra um certo partido com sigla de duas letras que está agora comemorando dez anos de palhaçada no Brasil, mas não citarei nomes. E ok, não estou tão a favor da monarquia assim, mas convenhamos... os países que ainda mantém uma família real dão um tapa bonito na cara dos presidentes. Enfim.

Eu gosto de moda. O que não me torna uma pessoa superficial, tá, sociedade? Estou terminando meu curso de produção de moda. E isso também não quer dizer que eu tenha aprendido a costurar, produção não envolve costura, mas sim a produção daqueles editoriais lindos que vemos em algumas revistas. E isso envolve muita pesquisa, repertório cultural e referências infinitas. Tô amando.

Eu gosto dos meus amigos. E fiquei muito feliz de ter a oportunidade de fazer novos. Conheci pessoas lindíssimas. Uma porta velha, cheia de cupim e emperrada que não abre direito se fecha mais ainda e outra porta nova se abre.

Eu ainda não gosto da faculdade. Mesmo com novos amigos e a oficina de política. O sistema provavelmente nunca vai me agradar. E tô cheia de trabalhos pra fazer, não consegui ler meu livro novo direito, o pobrezinho vai ter que esperar até as férias. Eu só queria saber o que leva alguns professores a passarem exatamente o mesmo trabalho, de novo, com outro "tema". Eu explico: o primeiro trabalho de instrumentação em produção foi fazer um mascote de 30 cm de alguma marca. Meu belo grupo gigante de sete pessoas foi obrigado a fazer dois mascotes e escolhemos Tortuguita e Dollynho. Nos descabelamos, porque dá muito trabalho. O segundo trabalho da mesma matéria é pra fazer a mesma coisa, só que com comida. O grupo agora ficou com oito pessoas, então nos dividimos pra não ter que fazer três e virar uma pizzaria. Mas dá preguiça fazer tudo de novo, do mesmo jeito e em outras matérias aconteceu o mesmo. Haja paciência.

Descobri que eu gosto de pintar. Não fazia isso desde a escola, e na escola eu não gostava de pintar o que me obrigavam, meu negócio é o abstrato. Vou até terminar esse post sem propósito com um pedacinho do meu desenho lindo.


quarta-feira, 8 de maio de 2013

Arte

Hoje passei um bom tempo conversando com minha professora de linguagem visual depois da aula (tirei 10 no meu desenho, uhul). E senti vontade de vir contar aqui um pouco sobre os artistas incríveis que ela me falou sobre.

O primeiro é o Hans Eijkelboom, um artista holandês que fotografa pessoas nas ruas, em diferentes cidades e países, há mais de duas décadas, e cria séries de imagens identificando padrões entre as roupas das pessoas fotografadas. Ele participou da 30ª Bienal de São Paulo com suas séries de fotografias:



O trabalho padronizado de Hans pode ser descrito em poucas palavras, definidas por Lilian Pacce em seu blog como "individualidade, globalização, comum e singular". O artista fotografou ao redor do mundo encontrando padrões, o que, há de se pensar, reflete o poder da moda, as dimensões da globalização e do poder das mídias de massa sobre a sociedade - só para citar alguns tópicos a serem discutidos, mas que não entrarei em detalhes neste post. O trabalho do cara é um verdadeiro estudo antropológico, quase o trabalho de um trendhunter (caçador de tendências, em tradução literal, mas, convenhamos, é mais legal falar trendhunter mesmo).


Outra artista que minha professora me indicou e que andei pesquisando foi a Sonia Delaunay e sua abstração geométrica em móveis, tecidos e roupas. Eu não lembro se já comentei meu interesse pela moda por aqui - se não comentei vai ficar pra um possível post com algum comentário sobre meu interesse pela moda, meu curso, minha vida, etc. O fato é que esses dois artistas são ótimas referências pra quem se interessa por arte, conceitos, estudos, observação, dedução, aprendizado, descobertas e agregar repertório cultural. 

Muito bem, voltando à Sonia.. Ela nasceu na Rússia, mas se mudou para a França, onde conheceu seu marido Robert Delaunay e juntos desenvolveram a teoria da simultaneidade (pesquisem), que deu origem às obras dela, com cores contrastantes, primárias e às vezes em tons terrosos, com linhas e formas geométricas formando uma estética abstrata. 


O que eu achei mais curioso e interessante eram os vestidos poema da artista, é com uma imagem de um deles que termino este post, trazendo um pouco de arte à este blog.