Mudanças

Não vou dizer que foi uma grande mudança na minha vida e percepções sobre o mundo porque não foi lá tanto assim. Mas depois que me deparei com a dificuldade da minha amiga secreta blogueira em encontrar alguma coisa que eu goste com base nos meus posts, percebi que às vezes eu passo uma imagem negativa sobre mim. 

Não que eu me importe muito com isso, mas agora estou considerando a ideia de escrever alguns posts diferentes, sobre assuntos e coisas que me interessam e não sejam muito pesados. Já tentei fazer alguns assim, espero conseguir melhorar. Nada que vá mudar o estilo do blog, ainda não penso em postar fotos minhas e falar sobre o meu dia-a-dia, até porque escrevo melhor sobre minhas ideias e percepções. 

Apesar da singela mudança, prometo continuar reclamando vez ou outra - senão eu não seria mais.. eu.

Novo Projeto - Um Segundo Todo Dia

No auge do meu nadismo encontrei o projeto One Second Everyday, de um cara chamado Cesar Kuriyama. Basicamente, ele resolveu filmar um segundo da vida dele todos os dias por um pouco mais de um ano e juntou todos os segundos em um vídeo.

Me inspirei a fazer algo do tipo.

Meu projeto vai ter duas fases, inicialmente. Cada uma com dois vídeos.

Com o projeto, o Kuriyama percebeu que não podia desperdiçar os dias da vida dele fazendo nada, assim ele fazia algo diferente todos os dias e registrou momentos bons e ruins.

A minha releitura terá duas fases por que na primeira quero mostrar como a maioria das pessoas leva seus dias, sem grandes emoções e a partir disso tentar mudar coisas na rotina, viver de alguma outra forma que não seja presa à rotina e todos os dias e realmente encontrar algum sentido pra vida.

Estou pensando se devo ou não publicar a minha releitura desse projeto no blog... seria interessante para ajudar a mostrar muitos dos meu pontos de vista. O que vocês, meus leitores, acham da ideia?

Deixo-lhes com o vídeo do projeto original, para que vocês também possam se inspirar:

1 Second Everyday - Age 30 from Cesar Kuriyama on Vimeo.

UPDATE: Meu projeto vai ter fotos e vídeos. Espero conseguir fazer mais vídeos, btw.

Comparações

Por um tempo eu achei que fosse um menino. Eu gostava bem mais de brincar com os carrinhos do meu vizinho do que com minhas bonecas, embora brincasse com elas - gostava de causar acidentes com o carro da Barbie.

Aos sete anos de idade eu usava boné pra trás e blusão amarrado na cintura, resquícios dos anos 90 e início dos anos 2000. Só comecei a usar vestido pra sair esse ano. E sempre fui mais racional, mesmo.

Mas eu sou uma menina - mesmo que com 18 anos agora eu não saiba muito bem como me definir, pois dizer que sou uma mulher me faz sentir velha e menina me faz sentir boba. -  Uso vestidos, maquiagem, pinto as unhas, hidrato o cabelo... Mas continuo achando que homens são muito mais práticos pra se vestir, pensar e fazer coisas idiotas também.

Meu livro preferido, e eu não me canso de repetir isso, é O Apanhador no Campo de Centeio. Há um tempo atrás ouvi sobre o lançamento de Tchick aqui no Brasil, e sobre as comparações entre os dois livros. Ambos contam a história de garotos que resolvem fazer alguma coisa idiota se aventurar por aí e passam por algumas situações em que precisam se virar pra chegar a algum lugar.

E no fundo talvez existam poucas semelhanças entre os dois livros. Em Tchick, Maik, o narrador da história, conta o antes, durante e depois da aventura, de uma forma não muito linear. Holden Caulfield já se concentra apenas no durante, também de forma não tão linear. Maik se concentra nos acontecimentos, Holden se concentra nos seus pensamentos e opiniões diante dos acontecimentos. Além disso, pelo menos para mim, é mais possível se identificar com Holden do que com Maik - talvez porque as opiniões de Holden sobre o mundo e as pessoas sejam similares às minhas e Maik seja mais novo e ainda não entenda muito bem as coisas, ficando apenas na posição de observador e reprodutor dos fatos.

Tchick, apesar da imaturidade do narrador e de seu amigo que dá título ao livro, é uma leitura muito boa e a história ilustra muito bem a fase de transição do personagem e sua transformação a partir da sua decisão de sair em uma viagem de carro pelo país, num carro roubado, rumo à Valáquia - o que ilustra a definição de coisas idiotas, mas nesse caso eu adorei a ideia rs.

Não vou fazer um resumo dos dois livros aqui, porque 1) eu tenho preguiça e 2) prefiro que as pessoas leiam os dois livros e tirem suas próprias conclusões. Só se entende uma crítica lendo a obra.

Existe também um fato ainda não mencionado neste blog, sobre Holden ter me ajudado a descobrir que eu sou uma menina. Não que eu não soubesse disso antes, mas foi no momento em que eu decidi que me casaria com Holden Caulfield se ele fosse real, que eu me dei conta que tudo bem eu ser uma menina racional, que adora jeans e camiseta e preferia brincar com carrinhos em vez de bonecas e usar boné pra trás quando era criança. Eu diria que agora sou meio a meio.