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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Bicho

Estive pensando sobre a minha preguiça.

Aquela preguiça do mundo que surge de vez em quando. Preguiça das pessoas, preguiça dos assuntos, preguiça da rotina. Preguiça da preguiça.

Minha primeira preguiça é a faculdade. Como eu quero que ela acabe, mas como eu quero não dever mais nada àquela instituição que me faz sentir como se eu estivesse perdendo meu tempo (e dinheiro)! Como eu quero dar um basta ao trabalhos inúteis, repetidos, um basta à mesmice dos quatro últimos semestres. Tô com preguiça de continuar. Desânimo, desmotivação, preguiça.

Outra preguiça são as pessoas. Nenhuma específica, só a mesmice das pessoas. Aproveito para emendar esta à preguiça dos assuntos.

Hoje abri o facebook e lá tinham belas imagens de São Paulo antigamente (só tem eu e os cinquentões+ no grupo, mas eu adoro essas imagens antigas), pessoas falando sobre futebol e por fim um link para um artigo feminista no Estadão. Como eu tenho preguiça dessas feministas! Quando mandaram a presidenta tomar naquele lugar na abertura da copa do mundo me deparei com um post de uma mulher dizendo que aquele ato não aconteceria se ali fosse um presidente homem. Que o fato de ela ser mulher a tornava mais suscetível aos xingamentos e que eles eram uma alusão ao estupro justamente por ela ser do "sexo frágil" (????????????????!!!!!!!!!). Tudo o que eu tenho a dizer para a autora de tal desperdício de palavras é: nada.

Absolutamente nada. E esse é um meio que estou incorporando a minha vida com o intuito de não me estressar mais com gente que não vale o meu stress. Em um português bem claro, para não deixar dúvidas até mesmo aos ignorantes: Se a pessoa tá falando merda, eu deixo ela falando merda sozinha, aproveitando a própria imbecilidade. Porque muita gente só fala merda pra chamar a atenção, o que me parece ser o caso dessa moça feminista que me causou mais preguiça ainda ao movimento.

A minha opinião é que feminismo e machismo não levam a lugar algum. Aristóteles dizia que a resposta geralmente está no equilíbrio e me parece ser esse o caso: feminismo é um extremo, assim como o machismo, portanto são ambos desnecessários. O equilíbrio na convivência de homens e mulheres está no meio termo, que levaria a uma convivência pacífica e talvez de igual pra igual: o respeito.
Feministas extremas que saem falando barbaridades e com os peitos de fora na rua (primeiro, por favor, parem! odeio gente pelada), entendam: rebaixar os homens não as faz melhores que eles. Da mesma forma, cabras macho que acham que lugar de mulher é em casa limpando e cozinhando: rebaixar mulheres não os faz melhores que elas.

O respeito também vale para os racistas de plantão e os autores de textos "polêmicos" de facebook. E aqui serei bem didática para minimizar erros de interpretação, tão comuns hoje em dia (ô preguiça de gente que não lê direito): Não importa a cor da pessoa, o sexo, a religião ou qualquer outro fator de diferenciação que vocês encontrem por aí: todo mundo deve se respeitar ou ao menos tolerar o próximo. Não precisa agredir, é só continuar a viver sua vida normal e pacificamente.

Cada pessoa é um indivíduo com suas preferências, gostos e habilidades próprias. Tem homem que não sabe consertar tudo, tem mulher que não sabe cozinhar. Um negro pode ser presidente e um branco pode ser catador de lixo e por aí vai.

Gostaria de finalizar este post com uma última preguiça, com a qual convivo diariamente: o transporte público e seus usuários - principalmente nos horários de pico. Superlotação, gente suada, gente que corre nas estações pra subir a escada rolante, empurra-empurra, entre outros absurdos. Fica aqui o meu conselho, bem grande e, espero eu, bem claro:

SÓ PORQUE NOS TRATAM COMO ANIMAIS, NÃO PRECISAMOS NOS COMPORTAR COMO TAL.


Um adendo: meus comentários sobre as vaias à nossa "presidenta" ficarão para um próximo post (em breve e sem argumentos feministas).