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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Estão roubando a minha vida

Dia desses, na primeira aula, o professor mostrou algumas campanhas de cursinho pré-vestibular veiculadas na tv. As campanhas eram voltadas para os jovens, sem gráficos e porcentagens de aprovação. Elas apenas diziam, basicamente: "Você precisa dar um jeito na sua vida."

Ok.

Além de ser obrigada a ouvir a palavra com "V" novamente (e ficar irritada), o comercial fazia parecer que o único modo de "dar um jeito na vida" era fazendo cursinho e passando no vestibular. Vocês me desculpem o vocabulário chulo que estou prestes a usar, mas transcrevo aqui o que pensei no momento: "Porra, vão se fuder!!!!"

Eu ainda não sei muito bem como expressar a minha repulsão por escolas, sistemas de ensino, vestibular e, principalmente, cursinho. Eu simplesmente não consigo ver um sentido em nada disso. Os filhos da puta conseguem transformar tudo numa grande bosta encaixotada. Cursinho é uma perda de tempo, uma ilusão, uma extorsão, uma chantagem. Vestibular é uma pedra no meio do caminho que te obrigam a seguir.

Pois é, os caras te obrigam a seguir um caminho, de acordo com o protocolo deles e ainda dificultam ao máximo sua vida, sempre buscando alguma chateação pra colocar na sua frente.

Confesso que, no final do terceiro ano, eu decidi que, se não entrasse na faculdade direto, eu não faria faculdade. Faria um curso, qualquer coisa, menos cursinho. Eu entrei direto na faculdade, não sei se feliz ou infelizmente. Minha insatisfação com a universidade não é segredo, aliás, a faculdade nada mais é do que uma extensão terrível dos ensinos fundamental e médio.

Falam tanto de evolução do mundo, mas a tal da educação continua na idade média.


sábado, 22 de setembro de 2012

Tudo não passa de uma questão de interesses

Apesar de tudo, eu sou uma pessoa calma. Aparento ser uma pessoa calma. Ok, eu tento ser uma pessoa calma. Mas é quase impossível em um mundo como esse.

O que mais tem me irritado ultimamente é o fato de nenhum candidato à prefeito ou qualquer outra coisa ter prometido segurança. Prometem investir na educação e na saúde, construindo novas escolas e hospitais, aumentando salários e a palhaçada toda - que todo mundo sabe que ninguém vai cumprir, mas tudo bem, porque eles deram um dinheirinho extra antes da votação.

Mas e a segurança, onde fica? Ah, sim, vocês tem carro blindado e segurança particular, não usam o transporte público - e sim o dinheiro - não trabalham, não estudam e só temem serem descobertos, porque recuperar imagem dá trabalho, eu entendo.

Em época de eleição são todos santificados, com direito à luzes na cabeça e apoio de ex-parlamentares que não exalam confiança alguma. Depois de "eleitos pelo povo" saem gastando moedinhas. Nossas preciosas moedinhas.

Eles não gastam nossas moedinhas pagando ônibus ou comprando um pão de queijo na hora do almoço porque é mais barato. Eles gastam com balinhas, aquelas que vêm com uma .38 de brinde. Eles gastam com combustível para seus jatinhos, investem em sua campanha de reeleição e talvez ainda sobre um trocadinho pra alguma dona de casa da periferia e seus oito filhos daqui a quatro anos, junto com novas  promessas de uma vida melhor - e realmente melhora, até acabar a cesta básica e a eleição.

Acho que nenhum candidato promete mais segurança porque tá bom assim e bandido não teme a violência, não é mesmo? Além disso, não apoiar a segurança urbana é ótimo para aquecer o mercado de celulares e para arrecadar impostos com segunda via de documentos no poupa tempo. Os fabricantes de pen-drive agradecem a falta de apoio dos políticos à segurança, assim como os chaveiros, as montadoras de automóveis e seguradoras.

A violência dá pauta para o profissão repórter, para o fantástico, até para o horário político mostrar a eficiência dos hospitais em atender seus pacientes. Também te dá um motivo para não estacionar o carro na rua e sim pagar um estacionamento.

Tanta gente sai ganhando nessa história.. pena que não somos nós, pacatos cidadãos.