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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Mil tretas

Devo começar dizendo que o título do post é uma homenagem à uma amiga que há tempos eu não via, e acabei reencontrando hoje em meio ao caos.

Manhã:

Meu dia já começou meio torto, com olho irritado e sem encaixe de emergência no consultório.
Parti, então, rumo à minha rotina de sempre, seguindo para o ponto de ônibus e chegando lá minutos depois de ele ter passado. Eu geralmente esperaria pelo próximo ônibus, ao meio dia, mas visto que havia um trabalho a ser entregue na primeira aula, decidi pegar um ônibus até o metrô mais próximo e de lá seguir até a faculdade. E foi assim que começou a minha segunda feira:

- Aqui já é o ponto final
- Ué, mas cadê o metrô?
- Ah, segue naquela rua ali até o final e vira a esquerda

Nesse momento percebi que só tinha R$3,50 no bolso. Posso não ser muito boa em matemática, mas seguindo a lógica mastercard, aqui segue o problema: Nicole tem três reais e cinquenta centavos no bolso. Bilhete de metrô: três reais. Passagem de ônibus do metrô até a universidade: três reais. Andar dois km debaixo de um sol escaldante por não ter dinheiro suficiente: não tem preço.

Inconformada com a situação e morrendo de dor no rim (me recuso a explicar), saí do metrô em busca de um banco no centro de São Paulo. Tirei dinheiro e peguei um táxi, por não querer chegar tão atrasada para a apresentação de meu adorável trabalho e não aguentar mais andar.

Tarde:

Chegada a esperada hora de ir embora, depois de uma chuva incrivelmente forte, estava eu no ponto de ônibus. Mal sabia eu que, durante a tempestade, algumas árvores cairam... e que esse seria o detalhe crucial para dar continuidade ao dia da lei de murphy.

- Parece que caiu uma árvore lá em cima e a CET tá desviando os ônibus, não vai passar mais ônibus nessa rua.

Uma hora e meia de espera e dois ônibus lotados que não conseguíamos entrar depois, nosso grupo já totalizava oito pessoas decididas a percorrer o longo caminho até o metrô em meio ao trânsito caótico instaurado na capital paulista naquele início de noite. No trajeto encontrei a amiga homenageada e agora estávamos em dez pessoas, o suficiente para chegarmos vivas e intactas a algum lugar mais próximo de casa.

- Linha amarela ou vermelha?
- A vermelha sempre dá problema e parece que a amarela tá mais tranquila agora...
- Véi, precisamos de uma foto desse dia!

Pra resumir e me poupar palavras... arredondando:
Horário de chegada no ponto de ônibus: 17h25
Horário de chegada em casa: 21h00

2 comentários:

  1. Realmente hoje São Paulo estava um caos. Graças aos céus fui mais cedo e não peguei chuva no trânsito, mas peguei no campus -_- Já cansei de chuva, não tem um dia que eu não chegue encharcada na faculdade.

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    1. também cansei.. acho que além de blusa, óculos e guarda chuva na bolsa, precisamos começar a levar toalha rs

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